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Quequihá > Blog > Prosa > Crônica > A outra parte da parte inteira que um dia fomos
Crônica

A outra parte da parte inteira que um dia fomos

É domingo e eu deixo o silêncio de um amanhecer, antes dos barulhos, e parto para partir uma laranja ou descascar, talvez

Última atualização: 25 de março de 2025 10:54
Redação
Publicado em 24 de março de 2025
59
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6 Minutos de Leitura
Se a laranja não estivesse passada, surpresa nenhuma havia. Uma laranja é sempre uma laranja – Reprodução
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É domingo e eu deixo o silêncio de um amanhecer, antes dos barulhos, e parto para partir uma laranja ou descascar, talvez.

A faca na mão e alguma distração me levam a um corte, um pequeno corte. O sangue, quase tímido, cessa sem muita necessidade de intervenção. O sol atravessa a janela e avisa de um quente, de um verão quente, de um tempo quente de um planeta que não para de esquentar.

A laranja, o corte, o sangue e a memória.

Meu pai gostava de descascar laranjas e nos oferecer. E de comer, também. Uma, duas, três ou mais. O médico, que tratava da diabetes, proibiu a fruta em excesso.

O sangue seco no pequeno corte já sinalizava a rápida cicatrização. Sento na cadeira da cozinha e fico pensando. Gosto de acordar cedo e, de cedo, acordar com o dia a decisão de viver. Viver o hoje não devolve os cortes do passado, nem as dores decorrentes daqueles cortes. Cortes mais fortes do que o corte no dedo. Cortes na alma são mais profundos e, mais profundos, ficamos nós, quando aprendemos com o cortado, com o que dói.

Depois de tempos, revi um amor no passado. E sonhei. E acordei pensando no que desconhecemos, mesmo quando conhecemos. Foram anos de dizeres de amor, de romantismos, de dias irrealizados, quando estávamos distantes. De dias aguardados, quando da certeza dos reencontros. E, subitamente, nos desencontramos.

Um corte, uma desconfiança, um adeus.

Quando revi, quis dizer algum dizer. Disse nada. Os estranhamentos nos afastaram. As mentiras que se contaram de um ao outro eram difíceis de descascar. Como se faz para chegar à verdade, quando os olhares já não olham para o centro?

Meu pai nem sempre descascava a laranja. Às vezes, cortava. E ia tirando a casca. Era fácil ver o centro da laranja. Ou o meio. E as partes. Se a laranja não estivesse passada, surpresa nenhuma havia. Uma laranja é sempre uma laranja.

O meio de uma história de amor tem partes difíceis de serem preenchidas, quando há o cansaço do amor. Convenci a mim mesmo de que o amor se transforma, de que viver entre cortes não faz bem ao amor. Nos cortamos algumas vezes, nos incompreendemos e, então, o silêncio. O silêncio não nos fez bem, não nos tempos em que precisávamos cortar o que não nos fazia bem. E a palavra, se bem usada, opera cirurgias milagrosas nas feridas da alma.

Eu aguardava alguma iniciativa. Talvez aguardássemos os dois. E, um dia, sem muitas palavras, abrimos as portas. Sonhei, não poucas vezes, em olhar nos seus olhos e dizer o que aconteceu. E dizer do que disseram e do erro do que disseram.

As palavras, as mesmas que operam milagres nas feridas da alma, causam feridas dolorosíssimas, quando malditas. Malditos os que espalham desamor, os que fazem verdade das opiniões, os que se precipitam ao cortar frutas ainda não maduras.

Foram anos de caminhar de mãos dadas, de rir o riso das simplicidades, de inventar nomes para as brincadeiras de amor. Foram anos de colos oferecidos para os choros, de bocas prontas para o desejo, de corpos sendo um no fruto maduro do amor. E nem um aceno de amizade agora. Nem um comentário sobre o dia. Nem um perguntar sobre as correrias. Ontem, corríamos para o encontro. Hoje, a ausência. Errei, nem sempre o amor se transforma.

Mastigo com calma a laranja, sentado ainda na cadeira da cozinha. Olho para o fogão e começo a terminar a fruta para colocar a água que quente se juntará ao pó e que preencherá de aroma de café, a cozinha. Vou tostar o pão na frigideira com manteiga, como fazíamos. O pão de ontem também tem seu sabor.

Digo a mim mesmo, como em oração, a gratidão pelo tempo do amor. E digo a mim mesmo que seja a outra parte, da parte inteira que um dia fomos, feliz. Nunca se sabe quantos amanheceres teremos na vida. Não quero amanhecer sujo de sentimentos sujos. Quero a laranja inteira recordando que há tanto de escondido quando descascamos. Que o sabor é sagrado. Quero a paz de ter feito a minha parte.

Quem sabe nos vejamos novamente. Quem sabe, ao menos, sejamos capazes de um olhar de gratidão pelo tempo em que nos olhamos sem pressa, pelo tempo em que tínhamos pressa de nos olhar. Apenas isso. O resto é com o dia que segue.

É domingo. E o sol do dia quente aquece, gostosamente, os meus sentimentos. [Gabriel Chalita / O DIA]

O Velório que não deu certo
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TAGS:crônicaGabriel Chalita

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