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Literatura

Se existe um livro obrigatório para se ler em 2025, é a obra-prima de Tarjei Vesaas

Em meio ao frio cortante, um vínculo singular aflora entre duas meninas

Última atualização: 6 de maio de 2025 12:15
Redação
Publicado em 6 de maio de 2025
39
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6 Minutos de Leitura
O “castelo de gelo”, é o corpo simbólico do livro. Frio, magnífico, labiríntico
O “castelo de gelo”, é o corpo simbólico do livro. Frio, magnífico, labiríntico - Reprodução
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Uma vila cercada por florestas nuas e lagos que já esqueceram como era ser líquido. Ali, o inverno não é apenas estação — é presença. É cenário, voz e tempo suspenso. Nesse mundo quase imobilizado pelo frio, duas meninas de onze anos se encontram. Uma, Siss, é popular, segura, feita de riso fácil e passos certos. A outra, Unn, recém-chegada, órfã de mãe, é feita de silêncios. Um tipo de silêncio denso, não o da timidez, mas o de quem guarda algo — ou tenta se proteger dele.

Quando Siss aceita o convite para ir à casa de Unn, não imagina o que está prestes a acontecer. Não no sentido tradicional do enredo, mas em outra ordem de coisas: a das vibrações humanas quase imperceptíveis. Aquela visita, aquela noite, aquele espelho coberto por um pano e aquele quase toque entre mãos — tudo ali tem o peso das epifanias caladas. Elas trocam poucas palavras, mas há uma espécie de acordo tácito entre as duas, um pacto do qual talvez nem tenham consciência, mas que muda tudo.

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No dia seguinte, Unn desaparece. Não há bilhete. Não há explicação. Apenas ausência. E a partir daí, a história — ou o que se poderia chamar de história — se volta inteira para Siss. Que fica. E sente. E não entende. Porque a dor de perder alguém que mal se teve é, talvez, a mais difícil de nomear. Não há luto oficial, ninguém oferece consolo. E, no entanto, algo nela se rompeu.

O “castelo de gelo”, formação natural e deslumbrante sobre uma cascata congelada, torna-se mais que metáfora. Ele é o corpo simbólico do livro. Frio, magnífico, labiríntico — um lugar onde Unn esteve. E talvez ainda esteja. O leitor entra ali com ela. E entende, ou tenta, que há perdas que não se explicam. Só se atravessam.

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Siss, então, começa a se retirar do mundo. Com gestos pequenos. Um afastamento aqui, um silêncio ali. Os colegas estranham. Os adultos perguntam. Mas não insistem muito — e ela também não oferece resposta. Porque não sabe. Porque talvez não queira saber. Ela fecha-se num voto íntimo, não dito, quase ritual: manter viva a presença de Unn sem jamais pronunciá-la. Como se, nomeando, estragasse. Ou matasse de vez.

O autor não entrega nada de bandeja. Não explica. Não resolve. E ainda bem. Vesaas confia no leitor. Confia no não-dito, no espaço entre as frases, no branco das páginas como parte da narrativa. A linguagem é quase mineral: precisa, contida, e por isso mesmo tocante. A neve, o gelo, o degelo. A paisagem torna-se espelho interno. Tudo pulsa, mas devagar. Como o sangue de um animal hibernando.

Siss é forçada a crescer. Não por imposição externa, mas por transbordamento interno. A relação com os outros torna-se tensa, desconfortável. Não porque a rejeitem, mas porque esperam dela uma adaptação que ela não está disposta a fingir. Ela não está pronta para o “voltar ao normal”. Porque nada mais é normal.

E há mais. Há algo na relação entre Siss e Unn que resiste a classificações fáceis. Não é apenas amizade. Também não é amor, se o entendemos como romance. É outra coisa. Um laço inaugural. Uma identificação muda. Uma espécie de reconhecimento. Como se, naquela noite, Siss tivesse vislumbrado — e isso talvez a assuste — uma versão de si que ela ainda não compreende, mas que sabe ser verdadeira.

Nada disso é dito com clareza. Mas está lá. No modo como ela sonha. No modo como hesita. No modo como a imagem de Unn continua aparecendo, fria e luminosa, nas entrelinhas da vida.

E então vem a pressão da escola. A comunidade. A família. Todos esperam que Siss supere, que sorria, que volte a ser quem era. Mas quem ela era? E quem ela é agora? O desconforto cresce. Não há confronto, mas há resistência. Silenciosa, firme, como o gelo que demora a derreter.

Vesaas constrói tudo isso sem pressa. E sem precisar dizer demais. Seu texto tem uma qualidade quase musical, com pausas no lugar certo. Como se a neve caísse entre as frases. Como se o silêncio também fosse parte da história.

Aos poucos, Siss começa a mudar. Não há virada de página nem epifania explícita. Mas há um degelo. Lento. Tímido. Ela começa a olhar de novo para fora. Não porque esqueceu Unn. Mas porque entendeu que viver também é honrar. Que lembrar é continuar. E que guardar não precisa ser se apagar.

O livro não ensina nada. Não pretende consolar. Mas toca. Porque fala de uma perda que todos já sentimos, ainda que com outros nomes. A perda daquilo que quase foi. Do que poderia ter sido. E que, por alguma razão, ficou ali — congelado.

No fim, Siss caminha. A paisagem muda. O inverno cede. Mas algo permanece. Uma fresta aberta. Um espaço dentro dela — e dentro do leitor. Porque há histórias que terminam. E há histórias que permanecem. Como um estalo de gelo à distância. Que ninguém ouve. Mas a gente sente.

[Por Carlos Willian Leite]

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TAGS:LiteraturaLivrosO Castelo de GeloTarjei Vesaas
FONTES:Revista Bula

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